11º dia - Canion del Colca
Contratamos um tour para dia full no caniion del Colca. O
horário de saída teria que ser às 3 da manhã, pois demora cerca de 4 horas para
chegar à Chivay, cidade onde está localizado o canion.
As 3 da manhã a Sprinter da agência chegou ao nosso hotel.
Quando saímos na rua, percebemos que Arequipa não dorme, é uma cidade
cosmopolita, com gente de todo o mundo, jovens mochileiros em busca de diversão
e prontos para a festa, porque a noite não termina nunca.
Entramos na van e logo adormecemos, seguindo as instruções
do guia, que avisou que teríamos um dia cheio de atrativos. Como são aproximadamente
250 km de Arequipa até Chivay, aproveitamos para descansar, aguardando o café
da manhã que seria servido na chegada, de acordo com o pacote que contratamos.
Buenos dias! - gritou o guia, um sujeito simpático mas muito
diferente dos padrões da nossa civilização. Era um típico peruano, com traços
indígenas e exímio conhecedor da cultura local. Levou-nos para um café da manhã
em uma casa que recebe turistas, servindo as comidas tradicionais do povo da
região.
Depois do café, seguimos em direção ao mirador do condor,
passando por várias vilas e locais espetaculares, onde todas as montanhas são
recortadas por tipos de escadas, que chamam de escaleras, uma sequência de recortes
preparados para o plantio de frutas e hortaliças, que fornecem o alimento
necessário para a subsistência do povo local, assim como foi com os Incas, que
desenvolveram estas técnicas há milhares de anos.
Estas escaleras são como terrários, onde as plantações
utilizam todo o potencial da montanha, contando com irrigação rica em minérios
que escorrem do topo para a base.
Na base do canion, corre a água que nasce no vulcão Misti e
se transforma no gigantesco rio Amazonas, que corta o Perú e o Brasil,
desembocando no oceano atlâtico. É impressionante pensar que um veio de água,
correndo lá embaixo no canion, passa por tantos lugares e se torna um dos
maiores rios do nosso planeta.
Nossa van não parou em nenhum lugar, passava direto pelos
outros tours parados na estrada tirando fotos, pois nosso guia dizia que não tínhamos
tempo a perder, era importante chegar cedo no mirador para avistar os
imponentes condores, aves de rapina com mais de 3 metros de envergadura.
A estratégia deu certo, mal chegamos no mirador e fomos
brindados com um vôo duplo de um casal de condores, que ascendiam conforme as
correntes térmicas do canion.
Os turistas gritavam e corriam para encontrar o melhor
ângulo para registrar aquele momento mágico. Como estávamos com um boa câmera,
conseguimos captar a beleza do vôo ao mesmo tempo em que percebíamos a
imponência destes gigantes dos ares.
Depois deste tempo com os condores, o tour tinha o resto do
dia para o retorno e era apenas 9 da manhã. Partimos do mirador em direção à
Chivay, com paradas para “mirar” o vulcão Misti com seu pico nevado. Vivenciar
este visual foi simplesmente fascinante.
Depois paramos em uma vila que nos esperava com seus
produtos artesanais, produzidos de acordo com sua cultura. Encontramos pessoas
apresentando seus animais de estimação, como lhamas e águias, preparadas para
interagir e tirar fotos com os turistas.
Em seguida, a parada foi em um complexo de águas termais que
brotam bem ao lado do rio de águas gélidas. Estas águas termais vem do subsolo
e estão conectadas com os vulcões adormecidos daquela região.
Aproveitamos o momento para mergulhar nas águas “calientes”
acondicionadas em lindas piscinas naturais.
Saindo das águas termais, já era hora do almoço e o guia
sugeriu um ótimo restaurante, com buffet livre, comida saborosa e preço bem
atrativo.
Saindo da região de Chivay, rumamos para Arequipa, antes
chegando a 4.910 metros de altitude, onde pudemos visitar o mirador de onde se
avistam vulcões, que naquele momento, já 4 da tarde, estavam encobertos por uma
espessa camada de nuvens, fazendo o lugar ficar muito frio e com uma camada de
neve e gelo sobre todo o cume da montanha.
Chegamos em Arequipa por volta de 5 e meia da tarde, muito
cansados mais felizes, porque realizamos o segundo dos 9 destinos, com a
certeza que conhecemos um dos lugares mais lindos do planeta.
Passamos no hotel e depois de um breve descanso, fomos
jantar no centro de Arequipa, onde encontramos um restaurante especializado em
ceviches, um prato típico do Perú, à base de frutos do mar com molho de limão e
especiarias, que “cozinham” os mariscos e dão um tempero adicional ao prato,
que é simplesmente delicioso.
E para acompanhar, o brinde teria de ser com uma Cuzqueña, a
cerveja tradicional do Perú!
- Salude amigos! A aventura está apenas começando!
Aqui nasce o rio Amazonas
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